A hepatite B é uma doença infecciosa causada por um vírus (HBV) que atinge o fígado podendo levar à cirrose hepática e ao carcinoma hepato-celular. A transmissão do vírus HBV é feita através de contato com fluídos corporais ou sangue, e também durante a gravidez.
Os tratamentos atuais para a hepatite B na fase aguda focam na diminuição dos sintomas de náuseas, vômitos, coceiras e dores abdominais. Na fase crônica, o tratamento prioriza diminuir a replicação viral e este é feito com interferon e análogos de nucleosídeos.
A prevenção é feita com o uso de preservativos durante as relações sexuais, bem como evitar o contato com sangue e fluídos corporais. Na suspeita de hepatite B, um médico (Gastroenterologista ou Hepatologista) deve sempre ser consultado para que o diagnóstico seja efetuado.
A hepatite B é uma doença infecciosa freqüentemente crônica que atinge o fígado e é causada pelo vírus da hepatite B (HBV).
A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que cerca de 2 bilhões de pessoas no mundo já tiveram contato com o vírus da hepatite B (HBV), e que 325 milhões tornaram-se portadores crônicos.
O Ministério da Saúde estima que, no Brasil, pelo menos 15% da população já esteve em contato com o vírus da hepatite B e que 1% da população apresenta doença crônica relacionada a esse vírus.
A hepatite B é causada por um vírus, chamado HBV, classificado na família HepaDNA.
O vírus existe no sangue, saliva, sêmen, secreções vaginais e leite materno.
Hepatite b transmissão
Sua transmissão pode ser realizada por contato direto com saliva, sangue e fluidos corporais. As transfusões de sangue são a principal via de transmissão. Uso compartilhado de seringas e agulhas em usuários de drogas injetáveis também é uma das rotas de transmissão do vírus. Além disso, prática de relações sexuais sem preservativos também é uma maneira de contaminação.
Gestantes contaminadas podem transmitir a doença aos bebês, sendo o parto o momento de maior risco de contaminação.
Há diferentes grupos de risco para hepatite B:
- Indivíduos com comportamento sexual promíscuo e sem proteção;
- Usuários de drogas injetáveis;
- Profissionais da saúde, que tenham contato com sangue ou outros fluídos corporais;
- Dependentes de transfusão sanguínea e hemodiálise, embora esse risco hoje em dia seja mínimo devido aos exames específicos realizados antes do procedimento de transfusão.
Cerca de 75% dos pacientes infectados com o vírus da hepatite B são assintomáticos, mas mesmo assim com risco de desenvolver doença crônica. Nos restantes 25%, a infecção aguda pode ser caracterizada por icterícia (pele e conjuntiva dos olhos amarelados), febre, anorexia, dores nas articulações e músculos, mal estar, urina escura, náuseas e coceira pelo corpo. Após esse período agudo, que dura de 2 a 3 semanas, os sintomas tendem a desaparecer gradualmente.
A fase crônica da hepatite B não possui sintomas específicos, entretanto o doente pode ter sintomas de náuseas, dores abdominais, cansaço e eventual icterícia.
Diagnostico
O diagnóstico da hepatite B pode ser feito através de exames sorológicos, ou seja, exame de sangue que identifica marcadores específicos no plasma sanguíneo (soro) para o vírus HBV. Esses marcadores sorológicos incluem:
• - os antígenos HBsAg, HBeAg e HBcAg;
• - os anticorpos contra os antígenos: Anti-HBs, Anti-HBe e Anti-HBc
• - o anticorpo contra o antígeno central da Hepatite B tipo IgM
Outros testes refletem a lesão hepatocelular na hepatite viral aguda:
• - níveis de enzimas hepáticas, como a ALT (alanina aminotransferase) e AST (aspartato aminotransferase);
• - nível total de bilirrubina circulante e fosfatase alcalina (ambas, geralmente, elevadas);
• - níveis de neutrófilos e linfócitos;
• - exame de DNA-polimerase do DNA viral
Na hepatite crônica, a biópsia hepática definirá o diagnóstico histológico e permitirá avaliação da atividade da
Evoluçao da hepatiteA hepatite B pode evoluir para um estado crônico da doença, com os sintomas pouco específicos. As demais complicações decorrentes da fase crônica são devidas às lesões prolongadas do fígado. Elas incluem cirrose hepática e suas complicações (como ascite, hemorragias digestivas, peritonite bacteriana espontânea, encefalopatia hepática) e desenvolvimento de carcinoma hepato-celular.
Hepatite B tratamento
Na fase aguda, a hepatite B é tratada com medicamentos que combatem náuseas, vômitos, coceiras e pela administração intravenosa de líquido caso seja necessária sua reposição. O repouso é indicado e aconselha-se que o paciente não faça uso de bebidas alcoólicas. É importante sempre ter o acompanhamento médico na utilização de qualquer medicamento em pacientes com hepatite B, uma vez que muitos necessitam do bom funcionamento do fígado para desempenharem sua função.
Na fase crônica da doença, o tratamento pode ser feito com interferon ou análogos de nucleosídeo, que têm como função interromper a replicação do vírus e estimular a destruição das células já infectadas. As drogas mais usadas nessa fase da doença são a lamivudina e o interferon (convencional ou peguilado); outras opções incluem adefovir, tenofovir e entacavir. O tratamento injetável tem duração de 4 a 8 meses, sendo sempre necessária a avaliação médica para decisão da duração total da terapia.
Se a fase crônica evoluir para cirrose ou insuficiência hepática, aconselha-se o transplante de fígado. Entretanto, como não há formas eficazes de se evitar a infecção do novo fígado pelo vírus HBV, a taxa de recidiva da doença é muito alta. No caso de transplante, o paciente utiliza imunoglobulina anti-HBs para evitar o reaparecimento do antígeno HBsAg. Os requisitos para recebimento do transplante sã ter menos de 65 anos e não sofrer de nenhuma doença grave que afete órgãos como rins, pulmões e coração.
Tratamento
O uso de plantas medicinais para a hepatite B não é o principal tratamento da doença, entretanto, pode ser uma medida complementar, principalmente nos sintomas agudos, na melhora de náuseas e vômitos.
Algumas das plantas utilizadas sã
• - O boldo chileno, que possui ações digestivas e hepáticas, além de estimular a secreção salivar, biliar e gástrica.
• - Quebra-pedra, que mostrou atividade contra hepatite B (in vitro e in vivo)
• - Outras plantas incluem o picão, picão-grande, alcachofra e cardo-mariano.
É sempre importante que antes de qualquer uso de plantas medicinais para qualquer tratamento, um médico esteja ciente da conduta e ele oriente o paciente a utilizá-la da forma correta.
O tratamento homeopático deve ser feito de maneira individual, de acordo com as características de cada indivíduo. Um médico homeopata fará a consulta e receitará qual o melhor medicamento para o paciente, considerando suas características físicas e mentais. Alguns tratamentos utilizados incluem o Phosphorus 12 CH e 200 CH
PrecauçoesRecomenda-se que o paciente com hepatite B repouse e evite o álcool e também medicamentos que lesionem o fígado. O médico é o profissional da saúde indicado para falar quais são esses medicamentos e dar conselhos sobre quais condutas e dietas adotar no caso da doença.
No caso de icterícia aguda, resultados sorológicos com aumento de aminotransferases e bilirrubina circulante, enjôos e vômitos constantes, mal estar geral e coceira pelo corpo, um médico deverá ser consultado para que o diagnóstico e exames complementares sejam realizados. O profissional da saúde indicado para tratar a hepatite B é o Gastroenterologista e o Hepatologista.
Prevençao
A prevenção da hepatite B se dá pelas seguintes práticas:
• - utilização de preservativos em todas as relações sexuais;
• - utilização de seringas descartáveis e esterilizadas;
• - evitar usar talheres e outros objetos como copos e pratos compartilhados por outras pessoas;
• - realização de exames sorológicos e de sangue antes de práticas como transfusão sanguínea e hemodiálise;
• - imunização prévia através da vacinação, disponível em hospitais e postos de saúde.
Principal fonte: http://www.criasaude.com.br