sexta-feira, 27 de maio de 2011

Hepatite A

A hepatite A é uma doença infecciosa aguda que atinge o fígado e é causada pelo vírus da hepatite A (HAV). O HAV é um picornavírus, cujo genoma é de RNA.
A infecção pelo vírus HAV pode ocorrer em todas as regiões do mundo, entretanto, países em desenvolvimento e com infra-estrutura ruim na área de saneamento básico constituem as áreas de maior prevalência. A Austrália, o Canadá, a Escandinávia, a Nova Zelândia, o Japão e grande parte dos países da Europa Ocidental são considerados países de baixo risco. Os Estados Unidos têm risco intermediário e estima-se que a incidência de hepatite A seja de 200 mil casos por ano.
O Brasil tem risco elevado da doença devido às condições de saneamento básico. A região Nordeste é a que possui maior número confirmado de casos de hepatite A. Segundo o Ministério da Saúde, a prevalência no Brasil está em torno de 65%; os índices de infecção variam de acordo com a idade e condições sócio-econômicas, chegando a 95% do total de infecções nas populações mais pobres e 20% nas classes média e alta.
Sintomas
Os sintomas mais comuns são dores abdominais, dores no corpo, náuseas, febre, dores de cabeça e icterícia.

Transmisao
A principal forma de transmissão do vírus é pela via fecal-oral, através de águas ou alimentos contaminados ou mal preparados. Estes, uma vez contaminados com fezes que contenham o vírus, tornam-se uma fonte de transmissão da doença. Além disso, a transmissão também pode ocorrer pelo consumo de frutos do mar contaminados e não lavados adequadamente, contato de mãos não lavadas com alimentos a serem preparados e através de vegetais não devidamente higienizados.

Grupos de risco 
Os grupos de risco são aqueles que vivem em países em desenvolvimento, com pouca infra-estrutura em saneamento básico e, sobretudo, nas populações mais carentes, uma vez que elas não tem devido acesso às condições de higiene, tanto de alimentos quanto da água.
Além disso, as crianças constituem um grupo de risco importante, sendo que é nessa fase que geralmente entra-se em contato com o vírus (contato com brinquedos sujos, alimentos não lavados, mãos sujas, etc).

desenvolvimento do virus
Após a ingestão do vírus através de alimentos ou água contaminados segue-se o período de incubação, que dura em média 1 mês. Os vírus então apresentam preferência pelas células do fígado e os sintomas são decorrentes da infecção dessas células ou sintomas decorrentes do sistema imunitário do paciente. Cerca de metade dos infectados pelo vírus HAV são assintomáticos e cerca de 70% das crianças infectadas não apresenta nenhum sintoma.
Após um período de 15 a 30 dias depois do primeiro contato, o doente pode sentir náuseas, dores no corpo, dores no abdome, dor de cabeça, cansaço, falta de apetite e febre. Após alguns dias, pode a pele e a mucosa podem adquirir coloração amarelada (icterícia). Outros sintomas característicos são urina escura, fezes claras e coceira pelo corpo. A evolução geralmente é benigna e a resolução total ou cura acontece após cerca de 2 meses, não existindo forma crônica da doença.

Diagnostico
O diagnóstico é feito de acordo com a história clínica dos sintomas do paciente. A confirmação é feita pelo exame de sangue que detecta alterações hepáticas e anticorpos da fase aguda da doença (anticorpos IgM e IgG).

A evoluçao da doença
A evolução da doença é benigna, curando-se espontaneamente. Raramente, em cerca de 1% dos casos, a doença pode evoluir para a forma fulminante, com rápida perda da função renal e risco de vida ao paciente.
Outros sintomas característicos dessa fase fulminante são o coma hepático (com sonolência e confusão mental), hemorragia, necrose hepática e sepsis (embora rara).

Tratamento
Não existe tratamento específico para a hepatite A, sendo que as medidas adotadas visam a redução dos sintomas e do incômodo sentidos pelo paciente. Não existe necessidade de dieta especial, entretanto, o uso de bebidas alcoólicas deve ser interrompido.
O uso de plantas medicinais tem o objetivo de reduzir os sintomas da doença. Dentre as plantas usadas destacam-se o boldo, casca de limão e o Sylibum marianum.

Assim como a fitoterapia, o tratamento homeopático tem o objetivo de amenizar os sintomas da hepatite A. Tal qual a todos os outros medicamentos homeopáticos, estes devem ser adotados de maneira individual de acordo com as características do paciente e segundo avaliação médica de um homeopata. Alguns dos produtos utilizados incluem: Phosphorus triiodatus 7 CH, Phosphorus 200 CH, Phosphorus triidodatus 5 CH + Lycopodium clavatum 5 CH, Nux vomica 5 CH, Bryonia alba 5CH, Berberis vulgaris 4 CH, Chelidonium compositum.
Seguem algumas dicas sobre a hepatite A:
- Recomenda-se ao doente com hepatite A estar em repouso relativo;
- Não ingerir bebidas alcoólicas ou medicamentos que lesionem o fígado (como paracetamol);
- Adotar medidas de higiene para evitar a transmissão da doença (lavar as mãos após ir ao banheiro, lavar os alimentos, sobretudo frutas e verduras, usar água tratada ou fervida, etc).
A prevenção da hepatite A se faz através da adoção de medidas higiênicas, com
- Lavar bem as mãos antes de comer ou manipular alimentos;
- Lavar os alimentos antes de comê-los;
- Usar água potável ou fervida para beber e cozinhar;
- Saneamento básico de qualidade, com tratamento de águas e esgotos;
Uso de vacinas com o vírus atenuado.

Principal fonte: http://www.criasaude.com.br

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